sábado, 8 de outubro de 2011

Explicações Diferentes Podem Ser Igualmente Boas?

Já que esta semana estou sem tempo pra escrever a Parte 3 do "Por que não sou um psicanalista", aproveito para compartilhar com vocês uma apresentação que fiz na JMCC (Jornada Mineira de Ciência do Comportamento) deste ano, intitulada "Explicações diferentes podem ser igualmente boas? - O pragmatismo como árbitro para questões epistemológicas".

Nos comentários de alguns textos deste blog (especialmente do "Ciência, cientificismo e outros "ismos"", e do "Por que não sou um psicanalista" Parte 1 e Parte 2), surgiram questões relativas ao que abordo nessa apresentação. Como alguns dos leitores do blog não conhecem o vídeo, eis uma boa oportunidade de divulgá-lo.

Na apresentação procuro falar sobre a ideia - aliás, muito presente nas ciências humanas e sociais - de que não existem teorias melhores ou piores, apenas partem de pontos de vista/ epistemologias/ visões de mundo diferentes, sendo igualmente boas, igualmente válidas.

Devido à limitação de tempo da apresentação, acabo tendo de simplificar tanto o argumento que refuto, quanto minha refutação dele. Mas acho que dá pra captar a ideia central. Confiram:

Parte 1:


Parte 2:

6 comentários:

  1. Boa noite Pedro!

    Parabéns pelo vídeo e pelo Blog. Visito constantemente esperando as novidades.

    Mais uma vez me reconheci demais em suas angústias e questionamentos. Quero ser como você quando me formar :P

    Gostaria muito que me desse uma dica de por onde começar a aprofundar meus estudos em Análise do Comportamento e Epistemologia.

    É um pouco dificil na academia pois pouquissimas pessoas lá se interessam por Análise do Comportamento (Gestalt-Terapia rules...) e muito menos por Epistemologia (ou será que não procurei o bastante?).

    Enfim realmente gostaria de umas dicas para começar a organizar meus estudos! Livros, autores, por onde começar, mais ou menos que caminho seguir...

    Abração!

    email: aline-fernandes@hotmail.com.br (sim, tem o br no final!)

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  2. Aline: Olá, Aline!

    Bom demais saber que vem acompanhando o blog e gostado! Fiquei muito, muito contente com suas palavras.

    E claro que posso te dar umas dicas! Vou te mandar meu MSN por e-mail e podemos ir conversando por MSN e, claro, e-mail mesmo.

    Quero saber mais o que vc já leu e gosta de ler pra gente ir trocando umas figurinhas.

    Abraços!

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  3. Olá, Pedro.

    Primeiramente, parabéns por seu comprometimento com a AC.

    A despeito disso, sinto dizer que a aproximação que você fez no vídeo entre os níveis de seleção skinnerianos e o a topologia freudiana foi pavorosa.

    Caso você acredite mesmo que é possível comparar as duas teorias e tendo em visto que você já tentou fazer isso no vídeo, sugiro que redija um texto demonstrando em que sentido a AC é ou pode ser superior à psicanálise.

    Eu torço mesmo para que você seja bem sucedido nessa tarefa, isto é, que faça um tratamento não simplista de nenhuma das duas teorias. E ao mesmo tempo em que torço, duvido que consiga.

    Em todo caso, boa sorte.

    Um grande abraço,
    Psicolóide.

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  4. Olá Psicolóide! Tudo bem?

    Antes de tudo, obrigado, eu de fato procuro me dedicar não apenas à AC, mas a outras coisas também.

    Sobre sua crítica:

    "A despeito disso, sinto dizer que a aproximação que você fez no vídeo entre os níveis de seleção skinnerianos e o a topologia freudiana foi pavorosa."

    Nem de perto o meu objetivo no vídeo foi persuadir alguém sobre sobre a viabilidade e pertinência desse paralelo. Apenas mencionei, para outro ponto. Verá isso sendo feito de maneira infinitamente mais cuidadosa em meu livro.

    Mas ainda assim, simplesmente adjetivar minha tentativa não diz muito sobre a procedência ou improcedência dela, tampouco contribui para minha aprendizagem. Por isso é válido perguntar: por que achou pavorosa?

    "sugiro que redija um texto demonstrando em que sentido a AC é ou pode ser superior à psicanálise."

    Fiz mais, redigi um livro. Darei notícias sobre ele esse ano ainda.

    "Eu torço mesmo para que você seja bem sucedido nessa tarefa, isto é, que faça um tratamento não simplista de nenhuma das duas teorias. E ao mesmo tempo em que torço, duvido que consiga."

    Foi de fato uma tarefa hercúlea, mas por enquanto acredito ter sido bem sucedido. Mas ainda podem me acusar de simplista, reducionista e outros, mas para isso precisariam, obviamente, me apontar o por que: o quê estou ignorando, por que isso é importante para meu ponto, como isso compromete minha tese, qual conclusão podemos tirar a partír desse novo dado que ignorei ou reduzi.

    No mais, agradeço seu desejo de sorte. Com certeza precisarei.

    Abraços

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  5. Apovorou-me o fato de você aproximar psicanálise e AC no sentido de uma correlação entre termos selecionados de ambas. Em todo caso, adiarei qualquer análise da (im)procedência de tal correlação para quando puder entendê-la conforme explicada em seu livro.

    Abraços psicoloidicos.

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  6. Entendo seu pavor, mas verá que ela ocorre de maneira fértil e sem gerar uma abominação. Há pontos que tornam isso não apenas possível, mas diria até que inevitável.

    Abraços

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